Avaliação
Ideb 2013, o índice de atraso do ensino médio
Redes de 21 Estados não atingem metas estabelecidas pelo governo federal; em 16 deles, médias são inferiores às obtidas em 2011
Bianca Bibiano e Jadyr Pavão Júnior
O que é
Indicador da qualidade da educação básica brasileira, que revela a situação do ensino em instituições públicas e privadas de todo o Brasil. A aplicação do Ideb é atribuição do Inep, órgão subordinado ao MEC
Indicador da qualidade da educação básica brasileira, que revela a situação do ensino em instituições públicas e privadas de todo o Brasil. A aplicação do Ideb é atribuição do Inep, órgão subordinado ao MEC
Como o Ideb é calculado
A nota do Ideb é obtida a partir da combinação das médias obtidas por estudantes em exames nacionais (Prova Brasil ou Saeb) e das taxas de aprovação: o resultado varia de 0 a 10. Os exames são aplicados a cada dois anos (o primeiro dado disponível é de 2005) e divulgados no ano seguinte
A nota do Ideb é obtida a partir da combinação das médias obtidas por estudantes em exames nacionais (Prova Brasil ou Saeb) e das taxas de aprovação: o resultado varia de 0 a 10. Os exames são aplicados a cada dois anos (o primeiro dado disponível é de 2005) e divulgados no ano seguinte
Quem participa dos exames
Alunos da 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos, respectivamente) do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio de escolas públicas e privadas. Todas as escolas públicas com mais de 20 alunos são consideradas no levantamento. Entre as privadas, apenas uma amostragem
Alunos da 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos, respectivamente) do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio de escolas públicas e privadas. Todas as escolas públicas com mais de 20 alunos são consideradas no levantamento. Entre as privadas, apenas uma amostragem
Resultados x Metas
Os resultados obtidos nos exames são comparados com metas estabelecidas em 2007 pelo Plano de Desenvolvimento da Educação para escolas e redes de ensino. O PDE prevê metas até o ano de 2021
Os resultados obtidos nos exames são comparados com metas estabelecidas em 2007 pelo Plano de Desenvolvimento da Educação para escolas e redes de ensino. O PDE prevê metas até o ano de 2021
Como são apresentados os
resultados
O MEC divulga os valores de Ideb obtidos por escolas e também as médias relativas a municípios, Estados e ao Brasil
O MEC divulga os valores de Ideb obtidos por escolas e também as médias relativas a municípios, Estados e ao Brasil
O Inep, órgão ligado ao
Ministério da Educação, divulgou nesta sexta-feira os resultados do Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativos a 2013. Os dados
revelam avanço nos anos iniciais do ensino fundamental e estagnação nos anos
finais e também no ensino médio. Neste, a situação é ainda mais dramática (confira
os dados nos gráficos abaixo).
Vinte e um Estados não
atingiram as metas estabelecidas pelo próprio governo federal para o ano de
2013. Além disso, 16 das unidades da Federação conseguiram colher resultados
inferiores aos registrados na avaliação anterior do Ideb, em 2011. Ou seja, era
ruim, ficou pior. Na prática, os dados mostram que a maioria das redes mantidas
por Estados e Distrito Federal não avançou.
"A queda das notas do
ensino médio e a estagnação nos anos finais do ensino fundamental revelam um
problema estrutural da escola brasileira: do 1º ao 5º ano, os alunos têm apenas
um professor em sala. A partir do 6º, o número de docentes aumenta. É nessa
transição que está o problema", diz Alejandra Velasco, gerente da área
técnica da ONG Todos pela Educação. "É preciso rever o currículo e
entender o que causa a queda ao longo dos ciclos escolares. No ensino médio,
ele é sobrecarregado, os alunos acabam não acompanhando e desistem de
estudar."
O que torna a
situação dramática é que as metas do Ideb já são modestas. Elas preveem, por
exemplo, que o conceito médio nos primeiros anos do ensino fundamental atinja
só em 2021 a nota 6 — correspondente, segundo cálculo do Inep, à média
alcançada em 2003 pelos alunos de nações desenvolvidas no Pisa,
mais importante avaliação educacional do planeta. Ou seja, se o brasileiro
médio chegar a esse patamar em 2021, estará quase duas décadas atrasado.
Podemos perceber que essas avaliações servem para verificar a efetividade do funcionamento das políticas educacionais no país.
ResponderExcluirCom os resultados expostos acima, chegamos a conclusão de que muito precisa ser feito, pois com o passar dos anos, os índices mostram que o rendimento está piorando, e a estimativa é de que se continuar nesse ritmo, só obteremos uma melhora significativa (6 pontos) em 2021.
Em vista disso, é notório que algo precisa mudar urgentemente, pois não adianta em nada, medir o desempenho, ver que o resultado não foi satisfatório, e nada ser feito para que isso tome um rumo diferente.
De acordo com nossa constituição, todos têm direito a um ensino de qualidade, mas para que isso ocorra, nossas politicas educacionais devem ser repensadas, pois as que estão vigentes, não estão suprindo as necessidades para o bom desenvolvimento destes jovens